Isto levanta-me várias questões. Não sei se o senhor realmente os cometeu ou não, mas se realmente os cometeu e se o filho sabia a verdade e decidiu entregar o pai para entrar num reality show é insólito. Quer-me parecer que batemos no fundo e que o sistema português tem uma falha grande no sistema, que deixa loucos como estes, passarem impunes, mesmo que os crimes prescrevam. Por outro lado, se o homem inventou toda esta história, fez a descrição detalhada do crime à Felícia Cabrita como tendo sido ele próprio a cometê-lo, este homem pode ter sido absolvido, mas tem graves problemas. Para “ inventar” uma história destas, não basta ser criativo.
Há pessoas que são conhecidas pelo seu trabalho, pelo que que fazem e isso é a causa do reconhecimento. Há outras, que na falta de melhor, precisam de esquemas e de histórias para serem conhecidas, como se isso, fosse o mais importante da suas vidas. Procuram, principalmente, a fama por dois motivos: a futilidade de serem conhecidos e pelos proveitos financeiros que acham que vão ter. Não importa serem conhecidos por serem broncos, ignorantes, ou mesmo assassinos, desde que, sejam conhecidos de alguma maneira e isso sirva de passaporte para presenças pagas e assíduas nas discotecas pelo país ou de alguns trocos ganhos através de entrevistas dadas a jornais ou revistas. As revistas não perdoam e as pessoas que as compram até gramam um desgraçado, mas não suportam personagens cheias delas mesmo, que se acham espertinhos e perdem totalmente a humildade quando estão no topo.
Aqui, em Inglaterra é precisamente a mesma coisa. Abre-se as revistas cor de rosa e de escândalos e estão cheias de personagens que são conhecidas por terem casos escaldantes com pessoas relacionadas com o mundo do espectáculo ou do big brother. As revistas metem-nos no topo, elogiam-nos, deitam-nos abaixo, os fans criam páginas e enchem-se os egos como souflés. Depois um dia, tudo acaba, à primeira escorregadela as revistas que os levantaram, estão também lá para os achincalhar publicamente e esmiuçar todos os podres. E nesse dia, vendem ainda mais.
A natureza parece que vai equilibrando estes casos. Os bons, realmente os que controem o sucesso com alicerces firmes, com humildade e com trabalho árduo, mantém-se à margem das revistas cor-de-rosa e não precisam de se expor para vingar na vida. Os outros, os que têm a fama é instantânea, que o pseudo-sucesso lhes subiu à cabeça, passaram a ser parvos e a dizerem o que querem, têm os dias contados. Os que perderam a humildade, um dia podem precisar de quem lhes recusaram a mão por simples vaidade. O karma é isso mesmo e o que se faz, há-de ter ricochete. A esses, um dia tudo se desmorona como um baralho de cartas, com um simples sopro.
(
a categoria blogue estrangeiro de língua portuguesa está mais ou menos a
meio. Podem colocar Ctrl F mariarabodesaia para localizar o blogue
facilmente)
4 comentários:
Há pessoas que procuram a fama a todo o custo, mesmo que para isso façam as figuras mais tristes e digam as mentiras mais sórdidas, o que demonstra, na minha opinião, que têm alguma falha de carácter, acho que só uma pessoa muito "pequena" ia dizer que era filha do estripador de lisboa para ser famosa, o que demonstra o quão baixo as pessoas estão dispostas a descer, esquecem-se é que por atingirem a "fama" assim ela também acaba mais depressa e daqui a uns tempos ninguém se lembra deles, enquannto que as pessoas que são reconhecidas pelos seus méritos e esforços são recordadas para sempre.
Sim, é um facto... Há gente que é capaz de qualquer coisa, mesmo qualquer coisa por 15 segundos de fama.
Nitidamente o senhor é desequilibrado da cabeça... aquilo é doença.
E só existem essas histórias e revistas porque as pessoas lêm e compram.
Um beijinho
Enviar um comentário