terça-feira, 18 de dezembro de 2012

11 de Dezembro 2011

Não me parece que foi ontem. Aliás, isso nem faz qualquer sentido para mim. Parece-me que o meu filho faz parte da minha vida há muito mais tempo, muito antes de ter sequer um nome. O meu filho viveu em mim muito tempo antes, fazia parte dos meus sonhos e das minhas preces. Neste ano de vida, deu-me o melhor do mundo, fez-me viver todos os clichés de mamã, mostrou-me o que é sentir um amor incondicional. Ao olhar para ele, vejo um pouco de nós, do meu marido e isso comove-me. É com alegria que o vejo crescer e quase que me esqueço como era tão pequenino quando nasceu. Tenho em mim a memória clara de o ter nos meus braços, segundos após ter nascido. Apesar estar diferente fisicamente, na minha memória, o seu rosto mantém-se igual. Não está. Deixou de ser aquele bebezinho pequenino, a tremer de frio no primeiro banho, para um bebé cheio de vida, que já mostra bem a sua personalidade. Reage a todos os estímulos, já sabe que se fizer beicinho tem os papás aos seus pés, ainda que achemos que não.

O mundo pára, quando com os seus olhos grandes castanhos me fisga, atravessa a sala a gatinhar para se aninhar a mim com o ar mais feliz do mundo. O meu colo acalma-o e o seu quente preenche-me.Tento cristalizar mentalmente estes momentos e ganho o dia com estas pequenas grandes coisas. Aprecio e absorvo avidamente tudo o que me dá, todo o seu riso de alegria que põem a descoberto os seus dentinhos que mais parecem bagas de arroz. Ri-se das graças que faço e estimula todos os dias a minha imaginação,a criatividade e bom senso. Põe-me a rebolar, a imitar todos os animais que me lembro, a cantar músicas que pensava que me tinha esquecido e andavam presas na memória.

As noites nunca mais passaram a ser iguais. A paciência passou a ter um novo significado e percebi que esta afinal não tem limites e que aguenta tudo à conta de um sorriso, ou mesmo à conta de nada. Este amor não cobra nada. Para adormecer, dá sempre luta e desafia o cansaço, como se quisesse sorver até à ultima tudo o que o mundo lhe dá. Gosto do seu ar tranquilo quando, finalmente, se entrega ao sono, repousa o corpo e, fecha os olhos depois de um dia cansativo de tanta actividade, de tantos sorrisos, passeios e brincadeiras.

Para o meu filho, tudo é uma descoberta constante. Tentar ver o mundo através do seu olhar é desafiante da nossa própria condição de adultos. Nós, estamos demasiadamente absortos no nosso mundinho e cheios de certezas inabaláveis. Acho perdemos a capacidade de nos surpreender com as pequenas coisas e com o passar dos anos fomos silenciando os nossos sentidos. Por isso mesmo, adoro o seu olhar de espanto cada vez que vê um balão, prova um novo sabor, a sua surpresa cada vez que ouve um som que lhe é estranho, a sua reacção a cores e texturas diferentes. Através do meu filho, sinto-me a renascer um pouquinho todos os dias e este coração que bate no meu peito passou a bater em duplicado. Foi já há um ano que tudo mudou para muito melhor e que sou mãe.

Parabéns meu filho!

5 comentários:

tata disse...

Amei!

Maria disse...

Feliz aniversário aos dois. Nestes dias as mães deveriam ser as primeiras a receber um forte e grande abraço de Parabéns* Beijinhos grandes

homem sem blogue disse...

Parabéns ao filho e a ti :)

homem sem blogue
homemsemblogue.blogspot.pt

Rabodesaia disse...

Obrigada a todos pelos comentários. Um beijinho

Su disse...

Parabéns para o filho e para a mamã!