quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Obama, encore

Há quatro anos atrás o mundo vibrava com as eleições americanas principalmente porque não era um candidato que se apresentava à América, era uma espécie de Super homem que encarnava em candidato que se apresentava ao mundo. O “ yes, we can” entrou no ouvido do mundo inteiro e uma euforia tomou conta dos Americanos e do mundo . Naquela altura, a esperança renascia e o céu parecia limite. Obama tinha vencido Hilary Clinton e era o candidato democrata à Casa Branca. Enquanto Hillary era a personificação perfeita do establishment, Obama, era a mudança e a encarnação do sonho americano e um Luther king renascido.

Seria possível a América ter um Presidente negro, pela primeira vez na sua história? Sim, teve! Obama ganhou as eleições de 2008 face ao Republicano Jonh Mccain e no mundo corria uma onda de euforia. Obama era não só o Presidente da América, mas um Presidente do “ mundo”. Em 2009, ainda sem obra feita, acabou por ganhar o Nobel da Paz com a promessa de diplomacia entre os povos. O mundo vibrava com a esperança num Presidente com os olhos postos no mundo e com uma visão humanista. Contudo, das ideias à prática, vai um pulinho e Obama ainda não conseguiu ainda resolver todos os problemas que se propõs e Guantanamo é um deles.

Quatro anos passaram e muito ficou por fazer. Obama conseguiu o fim da guerra no Iraque, aprovar o Programa nacional de saúde, o plano de retirada do Iraque e a captura e morte de Bin Laden, que era “cabeça de cartaz” e era uma das suas promessas eleitorais. O que Obama não alcançou foi a resolução do problema de uma economia com fragilidades, o problema imobiliário e principalmente, o gravíssimo problema de desemprego e consequentemente a pobreza que muitos americanos ainda enfrentam. Ele, foi dos poucos Presidentes americanos, até hoje, a ganhar uma eleição, com um nível de desemprego tão alto, principalmente para os padrões americanos.

Diz a história, que quando a economia está mal e há crise, o Presidente muda. Ontem o país foi a votos e, apesar de até a última, todas as estatísticas darem um empate técnico, a verdade é que Obama ganhou. Neste caso, verificamos uma resistência a essa “regra”, ou porque o Romney é demasiado fraco e não é visto realmente como uma solução possível, ou então porque ainda há esperança em Obama e os Americanos ainda estão à espera que salte da manga do Obama um super poder. Claramente Obama tem o factor X que falta a Romney.

 Apesar da vitória, o resultado das eleições é um espelho da realidade americana dividida socialmente. Verifica-se uma uma divisão social claríssima entre os apoiantes de Romney, claramente mais velhos, brancos e da ala mais conservadora e os de Obama que são maioritariamente os negros, latinos, hispânicos, os jovens e as mulheres. Obama, levou a melhor com uma vitória inequívoca e tornou-se o 40º Presidente da História da América. Quanto a Romney ficou, desta vez, a ver aviões... pode ser que entenda, de uma vez por todas, porque não abrem as janelas.

2 comentários:

S* disse...

Tenho mesmo fé nele, apesar da conjuntura nada ajudar.

Rabodesaia disse...

Espero que faça um bom lugar, é o que todos esperamos.