segunda-feira, 29 de setembro de 2008

O cabeleireiro Africano




Ao pé de minha casa há um cabeleireiro Africano.Nunca tinha lá ido até este fim de semana que me apetecia lavar e secar o cabelo e não ter que andar mais do que 5 minutos… e já agora não ter que desembolsar mais de 12 euros e lá fui eu, ao cabeleireiro Fátima.

Normalmente num cabeleireiro de shopping paga-se 11 a 13 euros… e eu convencidíssima que ali seria muito mais barato aventurei-me a entrar num cabeleireiro africano…

E sim… é uma aventura porque de repente era a única branca e loura no salão… depois todas elas olhavam para mim com ar de “ valha-me Deus o que está esta branquela aqui a fazer? ”… por fim depois de alguns segundos para alguém me perguntar o que queria, de me terem tirado as medidas com o olhar de cima a baixo… e de ar de desprezo autêntico alguém, vá lá… me dá uns segundos de atenção e lá perguntei: “boa tarde! Queria lavar e secar o cabelo, qual é o preço?”

- A preta fita-me nos olhos e diz: “pará ti são vinte euros!”
E é sempre bom…quando se olha para o preçário mesmo à mesma frente e se vê que estão a cobrar o dobro do que está afixado…

Claro que fiz a minha interpretação da frase:

Opção A… para mim são 20 euros porque a senhora está a construir um lar para os pobresinhos e metade da receita vai para o tijolos e cimento.
Opção B… para mim são 20 euros porque sou branca.... e estava ali tipo intrusa!

Fiquei na dúvida nestas duas opções, se bem que estou mais inclinada para a primeira…Mas pronto… ainda pensei em refilar e dizer… “mas o preço está ali… eu vou pagar isso e vou-me sentar naquela cadeira para lavar o cabelo”….mas depois de uma reflexão pensei… se o que queria mesmo era escovadelas à bruta até me arrancarem o cabelo à conta da minha audácia… ou umas queimadelas capilares com o secador…

Como com cabeleireireira em fúria não se brinca…sorri de sonsa e fui-me embora…coragem é coisa que não abunda!

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

VERDADES

1- Juro que se o blog fosse anónimo tinha escrito a semana toda. Um ou mais post por dia!

2- Juro que ando aos pulinhos de contente!

3- Juro que um dia conto o que é.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

O Momento da Verdade




Gostei de ver o Momento da Verdade. É sempre bom não me esquecer que se há tipos que arriscam a vida a assaltar bombas de gasolina para roubar 300 euros, também há gente que por 25 mil euros vai para a televisão destruir a sua vida.

Assim numa horita, fiquei a saber que o senhor militar já foi trabalhar bêbedo, já bateu num carro e fugiu, já mostrou fotografias em pleno acto aos seus amigos, traiu a namorada com mais de 15 mulheres, já pagou para ter sexo, faz sexo com outras sem protecção, não sabe guardar segredos de amigos, não gosta de brincar com a filha, acha que é muito melhor do que o seu irmão e acha que a sua melhor qualidade é o aspecto físico.

A namorada aplaudia ( não sei bem porque) enquanto ele fazia confissões escabrosas…. A namorada perdoou as traições dele, a namorada vibrou quando ele confessou que implorou para não acabar a relação…e por fim suspirou de alívio quando ele confessou acreditava que ainda iria casar com ela.

Eu cá acho que depois do que disse, mais valia continuar e sacar os 250 mil…responder a muito pior do que respondeu, também não iria custar assim tanto. Afinal para ganhar os 250 mil só teria de reforçar mais umas vezes a ideia de que é um miserável! Não percebi o corte final… bahh!

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

RSNY - Parte II ( os comes e bebes)

Acordar cedo foi o mote da viagem inteira, mas sabe sempre bem quando é por motivos de lazer.
Os pequenos almoços eram sempre ao lado do hotel e digo-vos ... impróprio para cardíacos e cheinhos de calorias.

Deixei-me de ser menina e de pedir " expressos" quando o que me vinha era sempre uma bombinha, boa mas mesmo boa para quem tenha problemas de prisão de ventre crónica.
Se em Roma, sê romano, ali o melhor era mesmo pedir um café americano e aguentar-me à bronca com um balde de café a escaldar e com uma palhinha ( isso da palhinha no café não lembra ao diabo). Para adoçar o café utilizava uma marca de adoçante que tinha três tipos de intensidades de " doçura" , mas que era difícil para mim de perceber... a não ser que tivesse enfiado 3 pacotes e testasse qual sabia mais a remédio.

Logo após ter vindo o balde de café, era ver-me logo abrir o jejum com comidinha saudável....panquecas ou french toast ( tipo fatias douradas) acompanhadas com salada de fruta, que eu desconfio que seriam para dar um ar saudável à coisa (Vinham com mel à parte, ou com compota, e com algo que ficava entre natas e queijo philadélfia).

No fundo as bolhas nos pés ao final do dia, até me deixavam mais ou menos contente com as calorias consumidas logo pela matina... e pensava que tanto acúcar na tola tinham o motivo ( e só esse) de me dar energia o dia inteiro e de mais umas criancinhas de uma sala de jardim escola... Bem que se lixe e siga... agora ando a sopinha e a peixe cozido para ver o que é bom para a tosse!

Ao contrário do meu querido maninho ( que é meu gémeo) que é fanático pela comida "tradicional" americana ( entenda-se hamburguers cheio de molhaca, batatas fritas e pizzas grossas e etc afins) eu nunca fui muito apreciadora dessa comida.

Nos EUA se querem salvar um bocadinho o vosso coração e não sentir o terror da balança a disparar, cosam a boca até ao supermercado e vão comprar maçãs para o lanche... é fácil é barato... se não quiserem, azar o vosso!

De resto para almoços / jantares rápidos, baratuchos em qualquer esquina há fatias de pizza, hamburguers, mazels, hot-dogs e outras iguarias " tradicionais".

Quem era mais do estilo... de rabinho sentado é que se está bem... e prezam mais uma boa refeição o meu conselho é mesmo irem aos restaurantes italianos ( um deles na litle Italy) que podiam ser típicos típicos, aos mais sofisticados. A verdade é que abundam e sendo a concorrência tão grande a qualidade era excelente e de pôr qualquer um a salivar por uma pasta fresca.

Tudo vem sempre em grande, verdade! Todas as doses são sempre maiores do que estamos habituados ( tanto na bebida, como na comida).
Quando se pedia para vir menos comida, estranhavam e diziam: " mas paga o mesmo" o que traduzindo era-lhe ilógico pedirmos para vir menos comida. Era evidente que era um pedido tão estranho para eles, como um pedido de gambuzinos assados no espeto.

Finalizando, as gorjas veem sempre incluídas na conta, isto é 15% ( quem não quer não paga).
Para os interessados eu disponibilizo o meu nib pelo serviço prestado.


RSNY

PS: A saga americana ainda não terminou... ainda vêm mais post sobre outros sítios fora de NY

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

RSNY - Parte I

Estar em Nova York é como entrar num filme, onde se é figurante.

É impossível estar em Times Square sem ficar encantada com as luzes por todo o lado, com a agitação que vai nas ruas, com a cidade que não pára, não dorme e não pisca os olhos. Em Times Square são ladeados por carrinhos onde se vendem hot dog´s ou mazel, t-shirts a dizerem I love New york e malas de senhora ( a imitar marcas). Toda a gente anda em grande velocidade e eu andava também rápido contra o tempo. Queria assimilar tudo, ver tudo o que se passava à minha volta.

Times Square é atravessada pela Broadway que se divide em vários teatros ao longo da zona. Fomos ver o Rei Leão, lindo, chorei nos momentos mais dramáticos e ri a bom rir nos momentos mais hilariantes. Excelente espectáculo!

Desengane-se quem pensa que em NY vai encontrar obesos a pontapés. Mulheres e homens obesos podem estar em muito sítio mas não em NY. Numa cidade tão cosmopolita e com tanto movimento é difícil ser assim, ou por arrastamento à maioria ou porque a própria cidade é propícia a caminhar ao ar livre e ao desporto. ( muitas pessoas vão de ténis pela rua enquanto vão para o trabalho a pé e depois trocam-nos).

Há o culto do corpo pois! As montras são de bom gosto e bonitas, apelam à elegância e ao mais fashion. As ruas estão cheias de mulheres e homens cuidados e com bom aspecto. Quem ousa ficar atrás? Em muitas horas a pé durante alguns dias pela cidade vi menos de 3 obesos, o que é uma boa estatística.

Em NY as pessoas não se sentam à mesa de um restaurante para comer. O Nova yorquino típico vai comprar o almoço e come nos bancos de jardins ( o que seria impensável em Portugal… estão a ver um homem de fato a comer na rua? Ou uma mulher impecavelmente vestida e maquilhada sentada numas escadas a comer uma sandes?)

Quase não se vê ninguém a fumar. Fumar está mesmo fora de moda. Eu ainda resisto com o meu péssimo vício. O facto de ninguém fumar contribuía para que eu fumasse dois cigarros a noite e não tivesse vontade para mais. Estou convencida que com um maço a 7 Dólares e proibição de fumar em quase todo o lado deixava de vez o vício.

O Central Park é encantador. Vêem-se famílias a passear, namorados, crianças a brincar livremente, pessoas a fazer desporto, a almoçar, a fazerem piqueniques, e até mesmo toalhinhas estendidas e corpo ao sol em bikini a torrar.

Ir ao cimo do Empire State Building faz parte da visita obrigatória pela cidade, tirar muitas fotografias também faz parte… e estar preparado para subir os últimos seis pisos a pé, também convém estar-se mentalizado.

Quando se fala de nacionalismo, o melhor exemplo deveria ser a América! Estão a imaginar vender-se t-shirts a dizer eu amo Portugal? Pins com a bandeira de Portugal?
Etc? Nops… simplesmente porque fizemos da nossa bandeira um símbolo bimbo, achamos a conjunção de verde e vermelho pirosa ( e até é).

Se o nosso país fosse uma marca de supermercado, seria tipo o Pudim Boca Doce . Com algum potencial, mas foleiro. Com mau marketing, com a mesma embalagem há séculos e pouco convidativa. Já NY tem glamour para ser marca ou fazer parte dela, qual DKNY da Donna Karan, hoje quem assina o blog é a RSNY .

Rabo de Saia NY