sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Ainda sobre a Pepa



Não quero saber se a Pepa quer uma Chanel preta, uma carteira Prada ou Louis Vuitton. Nem é isso que me irrita no vídeo dela. Se ela acha que comprar uma mala é uma “ conquista” é um problema dela e com as prioridades que tem na vida. Para ouvir alguém a dizer que,como desejos para 2013, quer paz no mundo, que não haja fome, vejo as Misses Universo e tenho o assunto resolvido. Não me choca que haja desejos consumistas. Todos queremos sempre alguma coisa e não são esses desejos que tornam de nós más pessoas, ou fúteis. Há quem queira uma Bimby, uma Ipad ou um iphone e isso pode ser apenas um desejo, não vem mal ao mundo de uma pessoa sonhar. Hoje em dia, parece que alguém vir dizer que quer uma coisa superior a 10 euros, deveria era ser mandado para a forca e devia ter vergonha na cara de ter tais pensamentos. Isso é pura hipocrisia e inveja no seu melhor. Estive em Portugal no Natal e devo dizer que os shoppings estavam cheios e ninguém andava lá a comprar ar. Por isso, adiante.

O que é mais irritante no vídeo da Pepa, não é o vir com o discurso que "o ano de 2012 pode ser de sorte ou de azar” porque isso, é só um comentário infeliz. O que irrita mesmo, é a sua mal pronunciação das palavras, de as comer, por achar que assim é que é “ bem”. Julgar que ser queque ou de" famílias bem" é falar assim, aí é que temos um problema. O seu sotaque não é da linha, mas  de quem quer parecer. Ouvi-la falar é quase  anedótico e mais parece uma sátira do Herman aos Teixeira da Cunha. Ela começa por dizer" mala" mas depois, lembra-se que é mais chique dizer "carteira" e passa a dizer " carteira". Isso é típico de uma “ Wannabe” de beta, de querer parecer algo, que na sua representação social, significa ser " beta".

A Pipoca mais doce disse no seu blogue: “ Acredito que o tom de boas famílias possa chatear quem vê (...) é queque, é blasé, mas é o tom dela”. Não, não é o tom dela. Ninguém tem aquele tom sem ser  "trabalhado”,  numa percepção que falar como uma criança de 4 anos, comer os finais das palavras é “bem”. Acreditar-se que falar arrastado, nasalado, dizer “ tipo” por tudo e por nada, é sinónimo de um estatuto social elevado, isso sim, revela ignorância e que as nossas ideias não estão no sítio. Ter-se a sorte de se nascer numa “boa família” é ter-se também a sorte de ser ter mais acesso à cultura, ler-se mais, viajar mais e por isso, falar melhor.

Mais uma vez, o país enche-se de indignação, pelos motivos errados. Deixem lá a Chanel da Pepa!







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6 comentários:

anokas disse...

Não vi o vídeo em questão, mas já li algumas opiniões em certos blogs.

Simplesmente acho que as pessoas deviam preocupar-se mais com outras coisas mais importantes e deixar a miúda em paz se ela quer uma chanel que seja feliz.

bratwurst disse...

tadinha. pois eu fiquei a adorar a pépa que nao conhecia de lado nenhum. deixa-me bem disposto e se estou assim mais tristonho, ligo a pepa e fico bem novamente!
Ela no fimd e contas só queria amor e muita sorte para todos! e queria comprar a mala com o dinheiro dela, nao estava a pedir a ninguém!
viva a Pépa!

PS: a lareira era realmente um bocadinho suburbana!

Rabodesaia disse...

Bratwurst é Pêpa, não Pépa tipo, tá a ver?

bratwurst disse...

Nao há acentos circunflexos nos teclados alemaes, entao tem que ser à frances!

doobedoo disse...

Não leve a mal.... mas.... Pronunciação???? Pronúncia....

Rabodesaia disse...

Eu não levo a mal, mas também não me leve a mal isto:

pronunciação
(latim pronuntiatio, -onis)
s. f.
Acto ou efeito de pronunciar, de emitir vozes.

um beijinho