segunda-feira, 23 de abril de 2007

O Mito do Galo de Barcelos


O Galo dizemos “ ser nosso” é aceite como símbolo português. Estampam-se t-shirts com ele, porta-chaves, isqueiros, lápis e postais e faz parte do Merchandising Luso kitsch. Um pouco por toda as lojecas de souvenirs estão a venda o material com o Galo de Barcelos que faz as delícias do turista. Não sabe o que é, mas sabe concerteza que é típico! Vem em todos os guias de viagem português como um símbolo do país.

As suas cores berrantes remetem-nos para o pitoresco e fazem lembrar o folclore, a meia rendada branca a soca preta e música cantada de forma estridente e um pouco de tudo o que é tradicional português. Associo ao azeite e a bacalhau, muito por culpa do anúncio de anos e anos ao Azeite Galo o que só prova que a campanha pegou e se fixou de vez.
Há várias versões da lenda do Galo Barcelos, uma dela é que um peregrino a caminho de Santiago de Compostela salva-se da morte certa ( pela forca) graças ao milagre que fez um galo assado levantar-se e cantar.

Pois bem…o Galo de Barcelos não passa de um mito nacional com os pés de barro… na verdade de Português tem pouco… a bem dizer… é uma farsa…li sobre isso e apurei a verdade.

O Galo de Barcelos é uma espécie de filho adoptivo espanhol… que foi adoptado por Portugal e que aprendemos a amar de igual forma como se fosse realmente nosso. E se o ditado…diz “de Espanha nem bons ventos nem bons casamentos” o que dizer de um Galo sem pés?

Na verdade há várias lendas parecidas noutras localidades espanholas. Há uma cidade espanhola que é Santo Domingo de la Calzada, situada perto de Brugos há uma história muito semelhante à de Barcelos, que envolve um galo e uma galinha. “No hay prodigio más famoso en el Camino de Santiago que el de Santo Domingo de la Calzada, cuando cantó la gallina después de asada, o la historia del ahorcado descolgado”. O chato disto é que os “ nuestros hermanos” lembraram-se da história uns séculos antes do Galo de Barcelos ter aparecido por cá, o chato mais chato é descobrir assim a frio que afinal nem a história é original nossa.

E sim! Senti-me forjada! Ao olhar para o galo colorido e de crista imponente e disse para ele: “ Se for mentira canta!!” Ou então transforma-te novamente em churrasco que eu não me chateio nada!” Nada feito. O galo bimbo e imponente manteve a pose!! E eu coloquei-o na prateleira de novo.

Depois desta decepção se me dissessem que havia um Zé Povinho igualzinho na Ucrânia eu aceditava! O galo não canta mas as cores berrantes fazem com que ecoe o “ cocorococó” no nosso imaginaria colectivo português para todo o sempre.

Ignoro o que li e faço-me de desentendida, é o melhor para não ferir a minha alma lusa: O Galo é nosso sim senhor, e o churrasco também!


PS: Espero não ferir a susceptibilidade dos amigos da aldeia lusitana nem receber ameaças! ;)

6 comentários:

Ticha disse...

Cara Rabo de saia,

Está mal, "nuestros hermanos" tiram-nos tudo, primeiro foi a ligação com o exterior, que levou a malta a embriagar-se em blog´s; depois a titulo de minimizar a nossa depressão, devolvem a familia google e a agora uma machadada final destas: afinal o Galo não é nosso...cabrones, tiram-nos tudo...

Ps: isto da investigação pega-se...hehe

Inspector Serôdio, José Serôdio disse...

Ganda galo!!!

Bottled (em português, Botelho) disse...

Exma. Senhora Engenheira,

Ze Porvinho, só conheço uno: este que agora deixa aqui sua participação e, pero que, más ninguno!

Agora Zé Povinhos... isso é o que mais há por esse mundo fora. É com cada cromo, que benza-nos Deus Nosso Senhor!

Bom, gostaria apenas de dizer algo em abono da nossa aldeia: a malta pode andar à trolitada internamente, chegamos mesmo a arrancar braços e pernas uns aos outros (o que tem levado a que eu, ultimamente, tecle com o apêndice nasal, como solução de recurso, enquanto não chegam as próteses dos braços), mas não somos brutamontes (se calhar até somos, mas que se lixe) ao ponto de andarmos para aí a ameaçar toda a malta (mas que raio de noção tem de nós.

Se a Sra. Engenheira nos garantir que não pertence à classe política, então quase que lhe garanto que se irá dar bem com o pessoal da aldeia.

Quanto ao resto, só me ocorre uma expressão popular para comentar o seu post: isto é que foi galo!!!!

Hic Hic sai um da Madeira, mas no carvão, sem picante, ó fachavor. Chamava-se Jony, cantava só para mim, e eu olhava (olhava)...

João J. disse...

Com esta é que me tramaste... já não bastava haver os emigrantes que há cá... e ainda por cima o Galo tb é um deles.. apenas posso dizer que se trata de um exemplo perfeito de uma boa integração na nossa sociedade... mas deve ter vindo tirar o posto de simbolo nacional a outra coisa qualquer.. eventualmente às canecas das caldas hehehe. Vamos fazer como se fazia às bruxas, e assamo-lo.. aí sim belo petisco!!

Luís Nogueira disse...

Isto é assim...o raio do galo até pode ter ascendência espanhola, eu não sei. Contudo penso que uma vez mais e bem, alguém utilizou um simbolo para nos demarcar-mos dos espanhois! Não é que não existam espanhois fixes, tipo na Galiza, na Catalunha, no País Basco... agora aquela malta de Castela não me convence... A bem da verdade "de Espanha nem bom vento, nem bom casamento", pois no intimo de cada espanhol está a conquista da lusitania, mas coitados dos "chiquitos", cause we´ll never surrender!!!E além do mais o espanhol é burro por natureza, a começar nas linguas tipo, um espanhol nem consegue falar bem inglês, o que não admira, depois de comer tantas paelhas lol

Anónimo disse...

Ao fim de ler o teu blogue só posso chegar a uma conclusão...algum "aldeão" de Barcelos te partiu o coração...

P.S. Barcelos é o maior concelho Português