quinta-feira, 26 de junho de 2008

Bitaite

Enquanto os Senhores da Europa andam incrédulos com o não redondo que a Irlanda deu ao tratado de Lisboa…e com a tremenda cara de pau por estes terem bloqueado um tratado tão desejado e tão negociado… eu estranho a hipocrisia dominante …

A verdade é que tirando o jogo de cartas aos líderes.. ninguém na Europa votaria a favor do Tratado de Lisboa, porque ninguém o entende…Sejamos francos! Simplesmente a Irlanda foi a única que teve hipótese de dizer NÃO porque houve um referendo por lá…

O referendo na Irlanda só seria útil se fosse de encontro com a “maioria “… como não foi ...são uns ingratos, tem uma tremenda lata…. e mereciam um chuto no rabinho com tamanha audácia.

Agora têm todos uma granada na mão, desembrulhem-se desta.

3 comentários:

Anónimo disse...

Sobre o tratado não me manifesto porque....não o conheço!!! O que acho estar mal é outra coisa. Passo a apontar alguns factos:
- A UE tem cerca de 500 milhões habitantes;
- A Irlanda tem cerca de 6 milhões;
- A abstenção foi de 55%;
- A diferença de votos entre SIM e NÃO foi de 109,164;

Então menos de 110.000 pessoas (o antigo estádio da Luz quase cheio) são suficientes para influenciar o destino de 500 milhões? Afinal que democracia (democrácia em espanhol) é esta? Se é para haver referendo, votam os 500 milhões na mesma urna e depois logo se vê.

PS: Vou deixar de beber Guiness

Bottled (em português, Botelho) disse...

Cara vizinha,

Tomara eu que todos eles, os senhores políticos, tivessem a tal granada na mão.

Mas, com tanto azar, a mesma haveria de estar defeituosa ou fora do prazo e não executaria o fim para o qual veio ao mundo na chamada hora da verdade...

E ainda estou em estado de choque com o post scriptum do primeiro comentador anónimo!!!

Cumprimentos vínicos.

Hic Hic Hurra

Inspector Serôdio, José Serôdio disse...

Cara vizinha estranhada,

Inteiramente de acordo - só mais um bitaite:
porque é que o problema está sempre nos europeus quando rejeitam as propostas do líderes da UE (v.g. Constituição com o não dinamarquês e holandês e agora o caso irlandês), e não antes nos próprios políticos, cada vez mais divorciados das populações e a olharem pasa os respectivos umbigos?...

No que me toca, continuarei a não beber Guiness mas reforçarei os copos do belo whisky irlandês (Bushmills - 16 anos, o meu preferido).