quarta-feira, 7 de março de 2007

Parte III ( e última da trilogia)- O Mito do Italiano- O Bom Rebelde

Os olhos das amigas iluminam-se quando depois de mil e uma perguntas politicamente correctas sobre a cidade em si ( monumentos, sítios imperdíveis para visitar e blá blá blá) deixam cair por fim a última questão para parecer quase esquecida , pouco relevante e tão arbitrária quanto as folhas das árvores que caem no Outono: “ É verdade Maria ( ai ai... até que enfim a pergunta), que tal são os Italianos?”

A pergunta como é óbvio é premeditada, mas eu finjo que não percebo! Como é óbvio está no pensamento colectivo feminino a imagem do verdadeiro macho italiano sexy! Poderia ser essa a primeira pergunta feita por uma mulher a outra que vai a Itália, mas ok! Deixa-se para último, para não se dar um aspecto oco e fútil, para não parecer que perante a imponência do Coliseu de Roma, na verdade quisessem saber em primeiro plano se o macho italiano é imponente ou não!

Talvez haja um pressuposto quase evidente de que a galinha ( neste caso.. tem mais lógica galo... mas não rima!) é sempre melhor do que minha, é algo que pondo numa frase filisófica seria mais ou menos como isto: “ o Homem é um ser social insatisfeito”... Talvez também tenha razão de o ser e no limite tenha uma boa fundamentação de verdade... ou será que não?

Para ser totalmente coerente tenho que colocar os mesmos pesos na balança. Comparar o Tino de Rans que é uma espécie de macaco amestrado que vai totalemente de encontro com a teoria Darwinista, com um italiano com um exponencial super elevado de beleza, seria muito injusto.

A minha teoria é: o macho Italiano e o Português comuns estão mais ou menos equilibrados em termos de beleza com algumas diferenças que passo a enunciar e que os fazem “ especiais” aos nossos olhos ( diga-se das Tugas):
-O “ amore mio” quase cantado é musica para os ouvidos das Tugas; o “ mor” português é terrível...
-o facto de deixarem a barba por fazer ( mas sem estar desleixada) e terem um estilo mais rebelde , fazem com que despertem o lado mais rebelde feminino completamente “ anti-príncipe encantado” e é a rejeição unilateral do tipo certinho que vai no cavalinho branco.

O italiano é o anti-príncipe que surge num cavalo selvagem, de mochilas nas costas, do estilo aventureiro com ar de que quem gosta mesmo é de umas boas cantigas com viola e de namorar em noite de lua cheia com o seu “ amore”.

Talvez a ideia do mito venha daí do seu look despreocupadoo, bem oposta à ideia do príncipe encantado que nos impingem desde miúdas nas historinhas de fadas, que as nossas mães gostariam de ter para genros e acima de tudo que o universo masculino português pensam ser o ideal de “ macho” para nós mulheres.

O gajo típico camisinha Ralf Laurent branca e imaculada até pode ter a sua piada, mas tresanda a homem pouco imaginativo, incapaz de partir um prato, de ter um rasgo de originalidadee acima de tudo para nos proporcionar um elemento tão importante como o efeito surpresa!

Aí entramos no campo do “sexy” e do “ não sexy”que pouco tem a ver com a beleza do homem, mas por um conjunto de factores que o tornam atractivo e desejado: bom paleio, piadas inteligentes, um tom de voz firme e uma roupa bem escolhida de acordo com a ocasião.

O português médio em comparação com o italiano médio não se pode dizer qual será o melhor ou o pior! Simplesmente são campeonatos diferentes com públicos também diferenciados: o português simbolizando o típico macho latino das graçolas versus o Italiano o macho latino galanteador.

Finito!

5 comentários:

Anónimo disse...

Queremos mais Mery!

Anónimo disse...

MAIS...MAIS....MAIS

Rabodesaia disse...

ate contava, mas o anonimo nao se identificou;)

Anónimo disse...

AH...AH...AH...
O ANÓNIMO

Anónimo disse...

MUITO BEM VISTO.ESCREVE MUITO BEM.PARABENS E CONTINUE