O dia do trabalhador em termos práticos significa mais um feriado no nosso calendário Português, com uma grande diferença... é que nesse dia mais do que o normal num feriado, todas as lojas fecham quase sem execepção! Além disso, nesse dia, os sindicatos saem à rua e resume-se a festas de porco no espeto, febras assadas na braza e cantores pimba. Resume-se a discursos dos agentes sindicais inflamados pelo vinho que abunda e que se revela cada vez mais repetitivo e mecanizado. Blá blá blá... globalização... blá blá blá.. capitalismo....blá blá blá Governo... blá blá blá...intervenção...blá blá blá... aumentos.
Poucos os ouvem, mas isso pouco interessa porque quando há comida, bebida é uma festarola que o povo não perde.
Saí de casa para fazer umas compras básicas de supermercado... ao longe ouvia cantoria Pimba e uns discurso ao estilo dos banha da cobra nas feiras, não conseguia perceber o que diziam, mas berravam bem... havia festarola do 1º de Maio na Alameda da Universidade. Sai de casa e fui até ao Pingo Doce e... estava fechado! Estranhei quando até na véspera de Natal esteve aberto até as tantas e quando no dia de Natal também! “Ah ok... é o dia do trabalhador!” pensei!
A verdade é que os sindicatos caem em cima das empresas quando um estabelecimento nesse dia está aberto, e os supermercados orgulham-se de fechar nesse dia, porque é uma “ cereja” que dão aos funcionários sem excepção...como se fosse um rasgo de modernidade e de sensibilidade empresarial ao “ direito dos trabalhadores”.
Eu acho interessante os eufemismos que se utilizam, para justificar certos meios. É mais ou menos como varrer uma casa e deixar o lixo debaixo do tapete. O dia de feriado que dão é “ para Inglês ver”, neste caso, para os sindicatos aplaudirem a iniciativa.
O Dia 1 de Maio tem tanto valor como terá o dia do Pai ou da Mãe, com a grande diferença que nesse dia é feriado. Ou seja, não vale de nada se nos outros dias do ano somos maus filhos ou maus pais e neste caso se somos maus trabalhadores ou maus sindicalistas.
Num país onde há tantos desempregados os sindicatos estão desenquadrados face a esta realidade... pois no limite são os maiores bloqueadores de emprego e de sangue novo. Vergam-se a politiquices e vendem-se a guerras de cores políticas,propoem medidas insustentadas e irrealistas.Ignorando a competitividade externa cada vez mais forte. Ou seja não defendem os trabalhadores no que realmente interessa ... nem os que pretedem sê-los.
Mas neste dia, entre uma febra e outra regada com um tintol á altura, com pimbalhada, bandeiras, bonés e o restante "merchadising" à ocasião...os sindicalistas veem este dia como vitória ( sabe-se lá de quê)... enquanto recebem pancadinhas nas costas sabe-se lá de quem. "A luta continua" dizem eles.
5 comentários:
Como é do conhecimento geral sou refilona, algo que tenho tendado corrigir, mas fila sempre uma pontinha...e no outro dia um colega chamou-me de sidicalista, fiquei com uma neura desgraçada...Se todos fossem tão a favor dos sindicatos como eu, já tinham fechado as portas e eram mais meia dúzia de gajos que ficavam sem "poleiro"...É como tu dizes, só acabam por atrasar o desenvolvimento e contibuir para o desemprego...mas acham-se os maiores e o povo no fundo gosta é carne no espeto, uma cervejola, e como é de borla, melhor...
Exma. Sra. Engenheira,
BRILHANTE!!!
Cumprimentos operários
MARIA
SABES QUAL É O MAIOR PROBLEMA DE PORTUGAL?
SÃO OS SEUS HABITANTES.
O ANÓNIMO VIRADO INTELECTUAL
Mary ando intrigada com o nosso anónimo...e aplicando a exclusão de partes do vizinho, começo a apostar na hipótese menos verosimil, mas aceitável » o nosso anómimo é uma gaja!
ADOREI O SEU COMENTARIO.MUITO BOM.COM AMIZADE SEBASTIAO
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