sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Pussy Riot




A primeira vez que ouvi falar das Pussy Riot foi porque fizeram umas macacadas numa igreja Ortodoxa contra o governo e foram presas. Elas, como milhares de adolescentes que vemos no Youtube diariamente, fazem tudo por alguns minutos de fama. A nós calhou-nos na rifa um tal de Hélio que ficou “famoso internacionalmente” porque o medo é uma cena que não lhe assiste e isso valeu-lhe um passaporte para a Casa dos Segredos. Aos russos saiu-lhes as Pussy Riot que, graças a um vídeo, tiveram direito a um passaporte para a fama mundial e a uma legião de admiradores.

A história poderia ficar por aqui mas atingiu ainda proporções mais estapafúrdias quando hoje li uma notícia de que as meninas foram nomeadas para o prémio Sakharov, o galardão com que o Parlamento Europeu reconhece mérito na luta pela defesa dos direitos humanos. Oi? O mesmo que ganhou Nelson Mandela e Xanana Gusmão. Pois, está certo!

Por isso, enquanto é consensual que o Hélio é só um gordo estúpido e se espetou contra uns arbustos, as opiniões dividem-se quantos às punkers Russas. Para uns, são uma heroínas e símbolo de liberdade, para outros, como eu, acho que foram só um fruto do acaso e só são umas miúdas idiotas que fizeram tudo para ter uns minutos de fama. Não acredito que tiveram fortes convicções políticas quando foram para a igreja berrar palavras de ordem contra o governo. Não acredito que tivessem que ir precisamente para a igreja fazer figurinhas ridículas, profanar um sitio de fé. Não, foram para provocar e por isso são apenas e simplesmente parvinhas com uma sede inesgotável de protagonismo. Ditou o destino, juntamente com a ingenuidade do governo Russo, de fazer daquelas jovens já com idade para ter juízo, umas mártires, ao condená-las e isso foi o motivo de tanta popularidade. De desconhecidas passaram a ser conhecidas por todo o mundo, não por serem umas excelentes cantoras, porque não o são, mas porque são umas mártires do sistema. Até a Madona decidiu dar destaque às meninas a pedir a sua libertação.

O mais irónico é que há semanas atrás saiu um filme polémico sobre Maomé e houve centenas de feridos e um embaixador americano foi assassinado. Aqui, o argumento é não se pode brincar com a religião e ficou tudo indignado com o filme! Houve manifestações em todo o mundo de indignação pela falta de respeito pelo Profeta, foram queimadas bandeiras americanas e foi derramado muito sangue à conta de um filme amador. Agora, umas miúdas vão para uma igreja Ortodoxa insultar o governo e Deus e ainda são nomeadas para uma prémio pela luta dos direitos humanos! Tivessem elas ido para uma Mesquita berrar as mesmas coisas e a conversa teria sido diferente. Ou estarei enganada?

Nota: Consegui lixar o tipo de letra todo ao alterar o template do blog.Quem souber uma fórmula qualquer para padronizar o tipo de letra neste blog mande comentário, mensagem facebook, sinais de fumo, qualquer coisa! Isto está horrível!

terça-feira, 25 de setembro de 2012

A amizade colorida


Não foi amor à primeira vista. Sempre achei os elogios um pouco exagerados, mas toda a gente me garantia que era genial e que ia gostar. Com tantos elogios à sua volta acabei por ceder. E sim, era um charme e eram as promessas de uma vida mais simples que me atraíam. Já estava farta de complicações, queria algo que não me fizesse perder tempo. Odeio perder tempo.

E sim, tivemos uma amizade colorida durante uns meses e foi divertido enquanto durou. Não me arrependo. No entanto, estava em minha casa todas as noites à minha espera . Ali, sempre à mão de semear, com um ar guloso. Por vezes pensava durante o dia o que iria fazer assim que chegasse a casa e ocorriam-me pensamentos pecaminosos. Ai gula, esse pecado mortal! Rapidamente, tentava tirar essas ideias da minha cabeça e repetia para mim mesma, controla-te Rabodesaia! Essa vida não é para ti.

Até que um dia aquilo correu mal. Durante uns anos estivemos de costas voltadas e nunca mais lhe pûs os olhos em cima. Achei, sinceramente, que era um assunto arrumado na minha cabeça . Achei que não havia volta a dar e que aquilo estava acabado de vez. O preço a pagar para arranjar o que se estragou era demasiado elevado, pensava eu, e por isso não valia a pena.  

Os anos passaram, tive um filho e comecei a pensar nisso novamente. E se...? Se calhar, nesta altura, até podíamos fazer umas coisas em conjunto...Há umas semanas atrás resolvi dar-lhe uma chance, pôr para trás as nossas divergências e fizemos as pazes de vez. Vamos ser amigas para sempre, Bimby?

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Como poupar dinheiro

Aqui em Inglaterra é bastante comum sites em que ensinam como poupar dinheiro, desde em contas domésticas, como a poupar no supermercado, ter bilhetes de cinema grátis, ou vouchers para restaurantes. Eu agradeço, a sério! Agora, qual não é o meu espanto quando assisto ao cúmulo da forretice. Uma das dicas desta semana foi fazer cocó no trabalho para poupar em papel higiénico em casa.
 Esta, nem a Troika se lembrava!

domingo, 23 de setembro de 2012

Em obras

Estou a fazer umas alterações no blog e ainda não acertei com o tipo de letra. Ainda não percebi o motivo e como padronizar o tipo de letra no blog. Alguém me sabe explicar como fazer isso?
Que vos parece a nova imagem do blog e facebook até agora? Até amanhã estou em obras por aqui no blog.


sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Há uma linha que separa a verdade da falta dela...

Já tinha escrito aqui no blog sobre os junkblogs e de como hoje em dia os blogs são autênticas La Redout cheios de publicidade. No Brasil, recentemente, a Sephora e três bloggers estão a ser investigadas pelo Conselho Nacional de autorregulamentação publicitária (Conar) por “sugerirem” nos seus blogs um produto da YSL quando na verdade era publicidade paga. 

Muitas das bloggers portuguesas, e falo aqui no feminino porque é mais frequente, são vistas como a voz amiga, aquela que dá conselhos tal como uma melhor amiga faria connosco e partilha as suas experiências.  As marcas sabem disso, sabem o poder que uma determinada blogger pode ter sobre os leitores e por isso paga-lhes muito menos do que gastariam num anúncio publicitário em televisão ou jornal. Em troca, tem um “ testemunho” credível de alguém que jura a pés juntos que aquilo ( que neste caso lhe estão a pagar) é incrível e que faz TODA a diferença na sua vida. Não se vê em parte alguma que aquilo foi pago pela marca. 

No contexto de crise que vive Portugal, ainda me custa mais que isso aconteça, principalmente, quando é “sugerido” um tal CLA maravilhoso que a fez perder não sei quanto de massa gorda, ou do creme milagroso que acaba com todas as olheiras e que não são capazes de passar sem ele. E chateia-me porque há 2 anos atrás viviam a usar cremes do supermercado e agora aparecem a referenciar cremes caríssimos que para a maioria das pessoas e para elas próprias estão totalmente inacessíveis. No fundo, estão a divulgar um mundo de fantasia quando na verdade só lhes é possível à conta das borlas que têm.
Lamento ainda mais,  porque há gente a acreditar nisso e a gastar uma pequena fortuna porque a “ amiga” do blog disse que creme era miraculoso e por isso se calhar até vale a pena. Quando a publicidade é escancarada, tudo bem! Quando é porque a amiga do blog, em jeito de solidariedade feminina, publica que comprou um bâton incrível e que fica impecável durante 12 horas com um brilho fora de série, isso já roça a filha da putice. Quando são criticadas, dizem sempre que as pessoas têm é inveja e que deviam ter era vergonha na cara. E isto, à vista de todos, tem passado impune.

Sim, há gente a acreditar, não sei bem como, que há bloggers que se vestem diariamente com a roupa que fotografam “de forma amadora” no blog, que nunca repetem a mesma roupa durante um ano inteiro, que todos os dias colocam maquilhagem impecavelmente perfeita com os produtos de grife caríssimos, que o cabelo é sempre cortado em cabeleireiro de renome e só usam produtos de luxo no cabelo, usam sempre sapatos com10 centímetros de altura e nunca se cansam, nem os estragam a andar na calçada portuguesa, vão a restaurantes, bares e hóteis da moda e isto tudo, com empregos de 1000 e poucos euros! A imagem que passam é que uma mulher normal, com emprego normal deve então poder fazer isto tudo.

Com esta ginástica financeira tão apurada, bem que podiam dar umas dar umas dicas ao Senhor Ministro Vítor Gaspar. Ele e todos nós, certamente, agradecíamos. 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A Casa dos Segredos

Não escrevi nada sobre a Casa dos Segredos porque não vi e é sempre a mesma coisa. Os bloggers fizeram o resumo todo e eu agradeço. A Teresinha continua os seus comentários brejeiros que doem só de ouvir e os concorrentes são do mais foleiro possível. Eles oleados e burros e elas com implantes e burras. A fórmula é simples. Não vou escrever mais sobre isto, mas vi no facebook algures esta pequena pérola que tinha mesmo que partilhar. Está visto, é só gente com muito nível.




terça-feira, 18 de setembro de 2012

Os produtos espectaculares

Estivemos meses a levar com a publicidade de poder miraculoso da baba de caracol e do seu “espetacular” poder de regeneração na pele, anti-machas, anti-rugas, anti-estrias e anti mais não sei quê. E pronto, eu que achava que os caracóis serviam apenas para serem petisco das tascas Portuguesas ou para pratos gourmet franceses, pelo vistos, enganei-me. Alguém viu naqueles pequenos seres um potencial que poucos viram. Houve um visionário que descobriu o poder “espectacular” da baba de caracol. E assim, eu que já não gostava de caracóis nem com oregãos, passei a ver os pequenos seres com um ar ainda mais enojado do que antes. Motivo do sucesso? A malta pensa.. um produto com uma substância tão nojenta só podia dar resultado.

Depois, quando pensava que já tinha acabado essa moda, vem aí uma coisa ainda mais revolucionária, um tal de alcachofra de Laon. Mas o que é isso? Laon?! Não faço a mínima ideia. Mais uma técnica de marketing perfeita. Arranjam assim um nome pomposo para que se fique a pensar que o tal “laon” é que vai fazer a diferença. Porque claro, alcachofra que ali a Dona Joaquina vende na mercearia não serve, agora essa coisa do “laon” é que faz a diferença toda. Com todos os dentinhos que têm na boca prometem que se pode “comer normalmente” que se emagrece. Isto, para tradução portuguesa significa poder enfardar uns pasteis de nata pela manhã, comer feijoada à transmontana ao almoço, um pudim flan de sobremesa e ainda um bife cheio de molhanga ao jantar. Tal como varinha mágica, a alcachofra de laon queima a gordurinha toda. Eles prometem nada mais nada menos do que 10 quilinhos em 7 dias, coisa pouca. Anda uma pessoa a evitar comer doces e não abusar nos hidratos de carbono e a fazer exercício regularmente e afinal é só parva! Basta beber uns frasquinhos tipo actimel que perdem mais peso do que uma greve de fome de 30 dias.

E já agora, para quando um produto espetacular como o poder da lama de Ermesinde? Já imagino o poder que essa lama poderia ter na transformação de uma cara estilo pintura da Dona Cecília numa Jennifer Anistor. E o poder da casca de castanha de Sernancelhe? Seria responsável pela transformação de um cabelo palha de aço em seda tailandesa com uma única aplicação. Então e o que dizer do poder espetacular das sementes de abóbora da Baixa da Banheira? E o poder que isso poderia ter na performance sexual masculina e de tornar o orgão sexual num autêntico fenómeno do Entroncamento? 
Vá, aproveitem que estas ideias são grátis e não cobro despesas de envio.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Ainda a Kate

Quer dizer... uma pessoa esforça-se, escreve textos que foram pensados e  demoraram tempo a serem escritos e tem umas quantas visitas. Mas, assim que publica umas fotos com as mamas da Kate Middleton, as visitas disparam para as centenas.
Já agora, há ali ao lado um botão de " like" no facebook, vão lá clicar se faz favor, seus ingratos!

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

As mulheres de hoje

Caro homem Invisível,

Não resisti a escrever-lhe para lhe explicar o quanto discordo do seu texto. As mulheres procuram desde sempre amor. Crescemos programadas para isso, para acreditar que existe. As histórias infantis com príncipe fizeram parte da maioria do nosso imaginário e todas construímos uma imagem do que esse “príncipe” significa para nós. Todas as mulheres querem um companheiro a seu lado e, a determinada idade, querem um companheiro para a vida e um pai para os filhos. Acontece, que isso nem sempre pode ser dito nesses termos porque há muitas palavras que são autênticos tabus no vocabulário masculino e são o suficiente para o pôr a fugir a sete pés.

A simples palavra” namoro” afugenta muitos homens principalmente ao grupo de homens mosqueteiros, “Peter Pan” ou playboy.

Os homens mosqueteiros são um grupo constituído por machos. O lema, está claro, um por todos e todos por um. São amigos desde sempre e partilham copos, futebol, férias radicais e noitadas juntos. Ora, quando um dos mosqueteiros arranja alguém, os outros, enciumados,fazem tudo para dizer mal da namorada do amigo. Pois isso, significa menos tempo para fazer o que antes faziam juntos. Neste grupo é permitido “amigas coloridas” mas nunca namoradas. Também é permitido todo o tipo de inconfidências e mentiras descaradas com o que fazem com as suas “ amigas”.

Os homens Peter Pan são homens que não querem crescer e são imaturos demais para estarem numa relação. Fogem das relações e dos compromissos como o diabo da cruz porque rejeitam serem sujeitos a criticas. E por isso, preferem não arriscar nada e não sair da “ amizade colorida”. E enquanto as mulheres com quem estão aceitam isto, vão-se deixando estar.

Os playboys acham sempre que podem arranjar alguém melhor do que com quem estão e por isso mantém-se constantemente na zona cinzenta e não assumem coisa nenhuma. Estão sempre insatisfeitos. Normalmente, este tipo de homens chega aos 40 anos e cansado da vida que leva, casa-se com qualquer uma que esteja disponível e que não se importe que ele se tenha enrolado com metade do Zézebel e vá, das docas, quando estava entediado.

E o problema está então quando a mulher apanha pela frente um destes tipos de homem que referi que fogem das palavras “namoro” ou “relação séria”. As mulheres sabem-no e por isso evitam perguntar quando estão numa relação. Estão juntos há algumas semanas, vêem-se praticamente todos os dias ou telefonam-se, fazem fins-de-semana juntos, até que um dia, a inevitável pergunta surge por alguém: “Então vocês namoram?”. E ele antecipa-se e diz “estamos a conhecermo-nos” ou pior do que isto “ah, não! Somos só amigos”. E a mulher, tola, finge que está tudo bem, quando na realidade lhe caiu um balde de água fria em cima. A mulher aguenta-se ali, firme, porque além de estar apaixonada, acredita que isso é ser moderninha. Mentaliza-se para si própria que o que interessa é estarem juntos e afinal aquilo é só um jogo de palavras. Para a mulher “aquilo” que é namoro e uma relação séria, para um homem sempre foi um “amizade” especial. Um homem nem percebe bem o que “aquilo“ é mas deixa-se estar porque está bem e ela até aceita a situação. E pronto, se as coisas azedarem sempre está salvaguardado e pode sair-se com a desculpa brilhante “o problema não és tu, sou eu”. É melhor terminarmos por aqui, para não estragarmos a amizade” (aqui tónica na amizade!).

Pode eventualmente evoluir para um “ namoro” mas os primeiros tempos, às vezes meses, são dúbios. A mulher, ao contrário do que diz, quer tranquilidade, amor e rotina saudável. Se a rotina significar horas do fim-de-semana a ver jogos de futebol, sim, a mulher não quer rotina. Se a rotina for jantar fora todos os fins-de-semana, ou em casa à luz de velas, não me parece que achem chato ou que trocassem de caras por uma noite de disco e de bebedeira. Agora ir ao cinema, ir passear por um jardim ou comer um gelado, como diz, duvido que alguma mulher ache isso chato, a não ser que isso seja para cumprir “calendário” e esteja a fazer um frete tremendo. A mulher quer um amor “tranquilo” e não estar sempre com dúvidas existenciais. Não é preciso estar sempre com a adrenalina no máximo e drama. O amor tranquilo também é bom.

Por isso, Homem Invisível ou pertence a um dos grupos de homens que referi, ou vai procurar mulheres em sítios errados. Claramente andam aí erros de casting. A mulher que descreve é uma caloira universitária que está fora pela primeira vez e que quer absorver tudo ao mesmo tempo. A mulher que descreve não é uma mulher adulta ou então é uma mulher profundamente magoada com os homens estilo “Mosqueteiros”, “Peter Pan” ou “Playboy” que deve ter apanhado pela frente e então decidiu sair da norma por já não acreditar no amor. Mas também lhe digo, que ao homem tudo é permitido, a mulher que faça o que o homem faz é uma cabra insensível.

Desengane-se quando diz que as mulheres não querem homens normais. A mulher não quer um Ken para a sua vida, a mulher quer um homem que a faça rir, que a entenda, e que a faça sentir especial. A mulher normal quer um tipo normal e procura um reflexo de si mesma. A mulher que tem uma lista de requisitos muito grande e selecta em relação ao homem que quer ao seu lado, é bom que tenha a noção que deve ter também em si mesma todos os requisitos que procura noutra pessoa. Ou então é só parva e está desfasada da realidade. A mulher normal como diz, fica com estrias e celulite e com mamas descaídas. O homem normal, e isso esqueceu-se de referir, fica careca e barrigudo. Estamos quites, não lhe parece? Deixe-se lá de parvoíces.

Só para concluir, que o texto vai longo, as mulheres de hoje, no ponto essencial são iguais às mulheres de ontem ou às mulheres de amanhã. Querem apenas e só, alguém para amar e serem amadas.

Um beijinho,

Maria rabodesaia

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Toca a mexer

Um dos programas que mais me prendeu na televisão foi o Biggest Loser que comecei a ver num por canal por cabo Americano. Não conhecia o formato mas fiquei imediatamente fã do programa. Doze concorrentes obesos, dois treinadores lixados, desafios semanais em que tinham que lutar pela imunidade, tentações que eram postas no programa que davam certas regalias e por fim a pesagem que era o culminar de todo o esforço. Semanalmente dava para ver a diferença física e psicológica dos concorrentes. 

Eu gostava do programa porque não tratavam os gordos como coitadinhos, como os desgraçados da sociedade que enfardavam três quilos de piza diários e donuts porque tinham tido problemas de auto-estima e tinham tido uma infância difícil. Ali, assumia-se sem rodeios que a obesidade era uma adição, que eles estavam ali para se livrar do vício e tinham era que mexer o rabo e andor para o ginásio. O Bob e Jillian tratavam-nos de igual para igual e em nenhuma parte do programa, e vi muitas edições, os concorrentes foram ridicularizados por serem gordos. Eram concorrentes e estes estavam ali para perder peso e para ficarem saudáveis. E como tal, tinham que fazer o que era pedido e sem problemas de ferir susceptibilidades.

Eu estava com uma expectativa grande em relação ao Biggest Loser versão Portuguesa mas vi imediatamente que o programa ia ser diferente, muito diferente. No primeiro episódio vi logo que aquilo ia ser com a tónica do coitadinho que é gordo e só me lembro do rabo da Susana à mostra quando caiu no meio da lama em plena prova. Não gostei, não precisavam de o ter mostrado. Mas aquilo dava audiência, a gorda de rabo de fora estendida do meio da lama. E lembro-me de toda a gente falar nisso. “Ai coitada”. Era difícil lembrar-me de uma situação mais humilhante.Mas isso mostrou logo como o programa ia ser, eles sempre a refilar porque estavam cansados, eles os coitados que engordaram com o ar que respiravam e que eram vítimas da sociedade. Estivessem lá o Bob e a Jillian e tinham levado uns berros valentes para ver se não se punham finos. Por isso, a edição Portuguesa (as duas) ficaram aquém da expectativa, se bem que a segunda foi um pouco melhor.

E agora vem o “Toca a mexer” que é para pôr gordos a dançar. Este programa vai ser para concorrer directamente com a Casa dos Segredos. Pois se a Casa dos Segredos mete bimbas, pêgas, assaltantes, burras que nem uma porta, a SIC vai ter que jogar alto – ou antes, baixo! O objectivo não do programa da SIC não é que aquela gente perca peso. As televisões não são a Santa casa da Misericórdia, têm em mente as audiências e o que a malta quer é palhaçada. Por isso se explica que a Fany e a outra burra que não sabia localizar nenhum país num mapa se tornassem vídeos virais. O efeito da perda de peso no programa é meramente colateral, o objectivo, está-se mesmo a ver, por o país a rir ao ver os gordos, tais qual Popota, a fazerem figurinhas ridículas.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

E agora Portugal?

A minha geração foi enganada. Crescemos na ilusão de que se estudássemos muito e fossemos para a universidade tínhamos a vidinha feita e um futuro sem problemas de maior. Crescemos a ver os nossos pais com o mesmo emprego durante anos e este era para toda a vida. O dinheiro caía certo todos os meses. O futuro era sempre visto com optimismo e prosperidade. Foi a geração da entrada de Portugal na CEE, das auto-estradas, do abandono da agricultura, ou pelo menos do desprezo por esta. Pensava-se que os 10 anos seguintes seriam sempre melhores do que os actuais. E as pessoas tinham fé, ou confiança cega, de que o futuro ia ser melhor para os filhos do que foi para eles. A minha geração foi pós 25 de Abril e tomámos tudo por garantido e o céu parecia-nos o limite. 

E assim, do nada, 70% da população tinha “ casa própria”, os empréstimos a 25 anos ao banco tornaram-se parte da cultura portuguesa. Ter casa era, acima de tudo, obrigatório para qualquer palminho de gente. Esse passou, para nós, a ser o rumo natural das coisas, porque foi o que os nossos pais tinham feito também. Depois do crédito à habitação, foram os cartões de crédito e a lenga lenga do dinheiro à mão e acessível. E de repente, achámos que éramos todos ricos. Por isso, como país rico que pensávamos ser, desvalorizou-se o ensino técnico e os ofícios. Achava-se que esse tipo de profissões eram menores e que estávamos a pensar pequenino. Mecânicos? Eletricistas? Carpinteiros? Nada disso! Essas profissões eram socialmente pouco consideradas, ao contrário do que acontece com países mais desenvolvidos. E assim, as escolas técnicas transformaram-se em liceus, porque achava-se que o país precisava era de doutores. Muitos doutores!

Assim, naturalmente, muitos de nós chegámos ao 12º e sabíamos que o caminho óbvio era ir para a universidade e estudar para ser “ alguém”, isto é, ter um canudo debaixo do braço. Pensava-se que a emigração era para a geração "mala de cartão" ou da “Mãe querida”, ou seja,  para as tais profissões “menores” mas nunca para os “doutores”. Enquanto olhávamos por cima do ombro para esses trabalhos, outros países como a Alemanha, iam crescendo e desenvolvendo-se, não só à conta das profissões de colarinho branco mas também e sobretudo com os ditos trabalhos “menores”.

O nosso país ia mudando e encontrar emprego para nós já não era tão fácil como tinha sido para os nossos pais. Contudo, ainda se encontrava alguma coisita, nem que fosse trabalho a 600 euros. E aí nasceu a geração dos call-centres porque não havia já emprego para tantos “doutores”. De ano para ano, começou a complicar e quem saía das universidades tinha cada vez menos oportunidades de emprego, dentro ou fora da área em que se tinha formado.

As gerações posteriores à minha, que agora terminaram a universidade, ou os que estão à procura de emprego, têm uma realidade sombria e que não se vislumbra uma solução. Nesta Sexta-feira então, perdi a minha fé. Muitos dos jovens não têm emprego e quem tem, tem medo de o perder e vive-se angustiado com isso. Os nossos pais, hoje reformados, vivem com menos dois salários do que antes. A emigração é mais vista como uma saída e talvez a única possível neste momento para quem tem uma mão cheia de nada. Ter filhos, então é visto com uma loucura, nesta sociedade tão instável e tão doente e a natalidade está mais baixa do que nunca.

Um país bafejado por tanta beleza, bom clima, boas gentes, heróis do passado, vai acabar assim? E agora Portugal?

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Os junkblogs

Quando comecei o blog há 6 anos atrás tudo era muito mais pacóvio e simplezinho. Nós escrevíamos e alguém nos lia. Esperava-se que tivéssemos comentários, esperava-se que achassem que o nosso texto estava bem escrito e que tivéssemos visitas.

Hoje está tudo de pernas para o ar. Os blogs são autênticas montras de publicidade. Em cada 10 posts, 9 são com passatempos, publicidade camuflada e torna-se constrangedor abrir uma página de blog e aquilo estar minado de publicidade por todos os lados. Nos últimos tempos então, já não há paciência para a quantidade de bloggers que agora acham que são fashion advisers e que dão palpites de moda e parecem todas iguais. Todas vestidas pela HM, Zara e Primark.

Eu ainda sou do tempo em que a Pipoca comprava sapatos a 10 euros e que escrevia 10 posts interessantes e com sumo por semana. Todos os dias abria o blog dela e sabia que invariavelmente estaria um texto com piada, irrepreensível e com uma escrita totalmente clean. Era mais uma de nós, uma mulher como todas as outras e isso causa empatia com os leitores. Ou o blog da Cocó na fralda que escrevia com graça sobre os filhos e das suas aventuras como mãe, em vez de fazer campanhas ao Skip e outras marcas. Então do blog Mini-saia, nem se fala! Passemos à frente.

Tudo ok... escreve-se, perde-se muito tempo e é legítimo que se queira ter algum benefício, mas há certos limites. Escrever no blog sobre um produto que se gosta, usa e recomenda (como faz a Maçã de Eva), acho muito bem. Escrever no blog que o produto XPTO é maravilhoso e que usa desde pequenina, quando não se usa, isso é ser totalmente desonesto com os leitores, principalmente porque não é evidente que é “publicidade”.

Há 6 anos atrás esperava-se uma opinião isenta, hoje em dia, sabe-se que isso não é bem assim. Os blogs parecem uma TV Shop disfarçada e os textos são fraquinhos e pouco há para ler. A popularidade é muito mais à conta de passatempos e fama do passado que fazem explodir as visitas do que propriamente textos engraçados e bem escritos. Há ainda alguns blogs que sobrevivem a isso, que conseguem boas visitas e estão no meu top (como o Quadripolidades, viva a ursa!). Estes resistem a todo o custo a este novo fenómeno que são o do junkblog, ou seja, blogs que eram bons e que agora mais parecem catálogos da La Redout.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

A Lucy e o Djaló

A história de amor deles tinha tudo para vender. Ele jogador da bola, ela cantora/actriz. Ele preto e ela branca e loura. Em comum têm o facto de não deverem muito à inteligência e terem sido, desde o inicio, cordeirinhos e autênticas marionetas nas mãos das revistas.

Desde que apareceram juntos pela primeira vez e assumiram o romance que não havia semana nenhuma que não apareciam em revistas. Meteram o pão e a manteiga na mesa de muitos “jornalistas” que para aí andam e deviam achar que a fama lhes traria benefícios, a exposição abriria portas ou então tinham apenas sede mediática.

Eram trocas de amor eterna, eram “L’s” sempre que o Djaló marcava um golo, era a Lucy com um boneco preto na bancada. Depois, a filha com um nome que valhe-me nossa Senhora e isso foi motivo de músicas e de paródia nacional. Veio ainda “O Último a sair” em que a própria Lucy se sujeitou a gozar com ela própria e com o seu “chocolate” (palavras dela, atenção), foram os inúmeros vídeos com a Rueff a fazer de Lucy a gozar com o “preto”, foi a ida para Nice, mais uma filha com outro nome bizarro e a gota de água a participação da Lucy no programa da TVI e a sua crescente popularidade.

O Djaló é jogador da bola e mulher de jogador da bola, está normalmente na sombra. É boa, estilo calendário de oficina e normalmente está caladinha. Ora a Lucy é pêlo na venta (expressão linda), sempre gostou das luzes da ribalta e longe vão os tempos em que fazia de Floribella e que cantarolava que o que era bom era ser pobrezinha. O Djaló passou então a marido da Luciana e então chateou-se com a popularidade da mulher, principalmente quando ninguém lhe passava cartão e estava constantemente no banco a ver os coleguinhas a jogar.

Finalmente os episódios que se seguiram, com direito a comunicados na impressa de ambas as partes, acusações mútuas, a luta pelo Panamera, assaltos, acusações de traição.... e as revistas a vender que nem pãezinhos quentes.

Puseram-se a jeito...valeu a pena?

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

facebook

Hoje vivemos numa era rodeada por redes sociais e novas palavras surgiram no nosso vocabulário. O facebook veio alterar o modo como se fazem notícias, política e as relações pessoais. A adolescência perdeu parte do encanto ao perder os papelinhos passados nas aulas por entre os livros com mensagens e declarações de amor. Os pedidos ridículos do “posso-te conhecer” eram quase um rito de passagem que todos os adolescentes tinha que enfrentar quando queriam conhecer o giraço da escola. Hoje as coisas estão bem mais fáceis e tudo está à distância de um clique.

O facebook muito mais do que revolucionar a vida dos adolescentes tornou-se algo diametral à sociedade e é utilizado por todas as idades. O facebook não exclui ninguém e criou um sentimento de pertença, a ideia de que todos fazemos parte de alguma coisa, deu uma ilusão da proximidade, fomentou a rapidez das mensagens, passou para um ecrã a ideia lírica da vida como um livro e da possibilidade de que tudo pode ser documentado. E essas foram, para mim, as razões do sucesso. Se no facebook se encontram antigos colegas de escola e faculdade, se comunicam com amigos, se encontram amores, também há o lado negativo da exposição excessiva da vida privada que leva a perda de amigos e de namoros e mesmo de casamentos. “Desamigar” alguém pode ser um rude golpe numa relação interpessoal. E não há produto, serviço, blog (como o meu!!), programa de televisão, filme, jornal, revista ou rancho folclórico da terrinha que não tenha uma página no facebook.

Eu ainda sou do tempo em que se ganhavam eleições com porcos no espeto, a darem bandeirinhas e aventais de plástico e bonés pelas feiras. Era ali, no terreno, de manga arregaçada e em contacto com as bases dos partidos que se ganhavam ou perdiam eleições. Hoje em dia, a própria política está alterada e quase todos os políticos tem páginas de facebook e é por ali que se caçam votos também. Até o próprio Presidente coloca post oficiais no seu mural. Imagine-se lá! E isso vindo do nosso Presidente tão “uncool” parece-me que está na hora de procurar outra rede social porque já estamos a bater bem no fundo. Isso e quando recebemos pedidos de amizade de tios cotas e daqueles familiares afastados ou ex colegas da escola muito chatinhos que só sabem publicar coisas deprimentes e frases cheias de reticências totalmente “non sense”. Para além disso, ainda testam os meus limites de tolerância e de perdão com trezentos mil pedidos para jogar no Farmville e outros jogos do género. Aí, penso muitas vezes se não estará na altura de mudar para outra rede social.

Mas, o Hi5 está completamente obsoleto é só para engates e basicamente para que todas as Sónias Andreias deste mundo possam mostrar o rabo ou as mamocas, o Myspace é para músicos, o Orkut só se ouve falar no Brasil, o Linkedin é para o trabalho, o Google + não sei bem para o que é que serve, a Smallworld para pseudo jetset...as opções tornam-se poucas.

O facebook começou com uma ideia clean e privada inicialmente só para estudantes universitários e aos poucos foi ganhando espaço e popularidade. Hoje com a cedência da publicidade, aplicações externas, jogos coloridos, sermos forçados a ter o timeline por se encaixar melhor na publicidade, parece-me que caminha para o abismo. Isso foi precisamente o que aconteceu com o Hi5 quando se ”abimbalhou” e tornou possível a qualquer pessoa ” kitá-lo” e foi a desgraça total de ver perfis pessoais idênticos aos carros tunings. Assim, o Hi5 passou de uma das redes sociais mais populares a uma memória distante. De “cool” passou a cair em desgraça e tresandar a mau gosto e a perfume patchouli.

Quanto ao facebook parece que a realidade e a ficção se entrelaçam e o que é real é o que é publicado... enquanto não aparecer uma rede social mais cool estou no facebook, logo existo!

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Atina-te Cristiano!

Um salário milionário, prémios de melhor jogador do mundo, milhões ganhos só em publicidade e prémios, uma namorada boazona, vários carrões, casas de sonhos ( e com jardim!) e um mundo a seus pés. Ok, pronto, tem a chata da sôdona Dolores, as irmãs, o cunhado e afins sempre à perna, mas não podia ter tudo de bom, não é verdade? Pelo vistos, não lhe chega, quer mais e então amuou!
Agora vir a público, tal qual menino mimado e dizer que está chateado porque aparentemente os coleguinhas da equipa não lhe passam cavaco..Enfim! O que foi? Não o convidaram para uma bica no final do treino? Compraram um bolinho e não lhe deram uma fatia? O Ronaldo com o ordenado que ganha, bem pode engolir esse sapo e todos os sapos do mundo que só lhe faz é bem! Ó Cristiano, a sério, vai apanhar bananas!

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

"You must come for dinner"

É corrente dizer-se que os Ingleses são indirectos ou um pouco labirínticos na forma de dizer as coisas. Nós,  portugueses somos mais frontais na forma de comunicar e é mais pão pão queijo queijo. Nós não fazemos cerimónia com as palavras, poderemos ser brutalmente honestos e isso, por estas bandas, não é propriamente uma característica muito positiva. O que é uma qualidade para nós, não o é necessariamente para eles.Esta forma de pensar choca, de uma certa forma, com a nossa maneira de viver e esta tem que ser adaptada à cultura deles para que se possa viver socialmente sem se ser considerado um pequeno boçal.

Pois esse marco cultural leva por vezes a confusões como a que hoje vos trago aqui. “ You must come for dinner” é algo que se ouve recorrentemente quando conhecemos alguém num jantar de amigos e já se tem um nível mínimo de confiança. Estávamos há poucas semanas em Inglaterra quando no final de um jantar de colegas do marido alguém se sai com “ you must come for dinner”. Eu sorri e achei verdadeiramente simpático convidarem-nos para um jantar porque estávamos cá há pouco tempo. E eu respondi qualquer coisa em inglês como “ Ai que simpático, com certeza! Nós levamos uma sobremesa tipicamente Portuguesa”. As semanas passaram-se e o convite NUNCA chegou de facto. Achei estranho. Tinham sido tão simpáticos e disponíveis o que se teria passado? Bem, essa dúvida permaneceu incógnita durante muito tempo, até que em conversa com uma inglesa comentei o que se tinha passado e finalmente fez-se luz. Aprendi que esta frase é uma autêntica casca de banana linguística para estrangeiros. Dizer “You must come for dinner” ( têm que vir jantar a nossa casa) não significa rigorosamamente nada para um Inglês. O que eles querem dizer na verdade é “ isto não é convite, apenas estou a ser educado”, no entanto o que nós entendemos é “em breve vou ser convidada, só falta marcar o dia!”

Soubesse eu isso e teria-me poupado o mau aspecto de ter dito que levava a sobremesa. Dá-me  ataques de riso ao pensar que a tal pessoa pensou quando eu disse “ You must come for dinner” e lhe digo que levávamos uma sobremesa. No míninimo deve ter  achado insólita a minha resposta e naquele momento o cérebro dele deve ter feito um nó. No fundo, nós Portugueses, também temos algumas frases como “ tudo bem?” quando na prática esperamos sempre a mesma resposta, “ sim, tudo bem”.Se alguém um dia disser ao nosso “ então, tudo bem?” qualquer coisa como do tipo,” Por acaso até não. Acabei de me espatifar com um carro emprestado, fui despedido há uma semana e a minha mulher deixou-me e anda agora com um ucraniano”. A nossa reacção óbvia é de espanto, não pelo ucraniano em si ou pelos azares todos, mas por ter respondido ao “ tudo bem?” com algo diferente ao que estaríamos à espera! Os nossos códigos sociais não estão formatados para este tipo de resposta.

Por isso reflectindo, eu até percebo que haja frases de algibeira que se usem socialmente quando na prática queremos dizer outras coisas. Em português há poucas desse género e a nossa língua não está encriptada como a inglesa e cheio desses jogos de sombras. Quando nós portugueses convidamos alguém para jantar, na prática temos intenções disso e o nosso desejo é real! Agora, falar de comidinha a um português e acenar a possibilidade de convívio, quando na prática não significa coisa alguma, isso meus amigos, é um golpe baixo...e isso não se faz!