terça-feira, 10 de julho de 2007



Ponto de encontro

Carta aberta,

Caro vizinho Zé Porvinho encontrei o seu pai! Pelo menos ele diz que é seu pai e quando lhe vi a foto fiquei em estado de choque com tantas semelhanças!

Hesitei bastante em publicar a foto… Mas eu, como coração de manteiga que sou, decidi dar uma ajudinha e dar-lhe para além da cerveja, mais um motivo de alegria. E ser eu a intermediária deste “ encontro”.

Estou sem palavras.

4 comentários:

Ticha disse...

Mery,

Sempre a pensar nos outros! Não te conhecia esta veia "ponto de encontro"!

Bottled (em português, Botelho) disse...

Cara vizinha,

E tenho direito a uma garrafita de tinto para poder comemorar o reencontro com o meu querido papá, em vez do triângulozito em cristal?

Caramba, ele é quase, quase, a minha cara... sai mesmo a mim!

Por outro lado, a verdade é que nunca acreditei naquela história que a minha mamã contava segundo a qual eu tinha sido encontrado, por ela, a boiar num lagar cheio de vinho...

Ah, o reencontro após tantos anos de afastamento... será que ele é proprietário de algumas vinhas? Terá bens pessoais de jeito que eu possa herdar, assim tipo umas quantas adegas cooperativas, uns depósitos de tinto, uma fábrica de enchimento industrial de garrafões de vinho...

Obrigado, vizinha, muito obrigado (a puxar do lencinho e a enxugar as lágrimas que teimam em sair, tipo Cataratas do Niágara, dos olhos meus), pois nem sabe o que V. Exa. fez por esta pobre alma etérea que estava em vinha-de-alhos espiritual até encontrar a luz que a conduziu à nascença!

Que Deus lhe pague e lhe dê muitos meninos (daqueles jeitosos, tipo Brad Pitt).

Acho que tenho motivos para comemorar, por isso aí vou eu para a taberna!!!!

Hic Hic Hurra

Nota - Cara vizinha ticha, é como lhe digo, a vizinha rabodesaia tem uma veia humanitária tão forte como a nossa para o comércio! Qualquer dia temos à venda por aí a música de beneficência Rabodesaia, com um refrão do género:

Eu sou a rabodesaia
Também conhecida apenas por Maria
Capaz de juntar um ananás a uma papaia
E até um sobrinho à sua desaparecida tia

Com muita sabedoria e esperteza
Do Algarve até ao Minho
Acabo com qualquer familiar na incerteza
E até acho o pai do Zé_Porvinho.

Rabodesaia disse...

caro vizinho zé,

eu cá estou sempre pronta a dar uma ajuda a vizinhança e quando se trata de solidariedade entre vizinhos.. vale desde um quilo de acucar, a um garrafão vizinho que esteja a mais aqui no meu tasco... e até encontrar familiares desaparecidos.

o seu pai mandou-me uma carta bastante simpática a qual eu, rabo de saia, heroicamente estou a tentar... digamos decifrar!! A mensagem está totalmente cifrada, mas eu chego lá!

logo que possíveis publicarei a carta na integra (amanhã). mas digo-lhe já que emoções fortes se avizinham, do que li pelas primeiras linhas!

Não perca os desenvolvimentos da história! Os tascos vão parar certamente....só para ler esta bela história de duas vidas separadas por uma adega.

Bottled (em português, Botelho) disse...

Cara vizinha rabodesaia,

Aquela parte da minha pessoa ter ficado presa, ainda miúdo e quando fui obrigado a dedicar-me à pastorícia para ajudar a sustentar a família, com uma ovelha numa gruta durante dias a fio, por muito que o meu pai insista que é verdade, rogo-lhe que não acredite.

Sobretudo quando ele chegar àquela parte em que eu e a ovelha... bem... eu e a ovelha... quero dizer... a ovelha e eu... não sei se percebe... raios... só lhe digo que ele é muito mentiroso!!!!

Mas estou para aqui em pulgas e aguardo, a coçar-me desvairadamente, o dia de amanhã para saber tudo sobre mim! Pelo menos, aquelas partes que eu próprio desconheço!

Hic Hic Hurra