segunda-feira, 2 de julho de 2007

Mais um momento de Felicidade: por favor não te tornes sopeira e submissa! ( Parte I)

“Vocês não podem faltar, têm que me ver vestida de labrega! “
Esta foi uma das frases da minha amiga Raquel quando nos confessou que se ia casar, e a convidar-nos para o casório! Jamais a imaginava de noiva bimba suspiresca, em que só faltava uma cereja para parecer um bolo farfalhudo de chantilly….Mas fartei-me de rir com a expressão!

Pois é, e passado uns meses tive mais um momento de felicidade: o casamento da Raquel e do Nuno. Obviamente não estava com um vestido labrego, daqueles de Dama Antiga e cabelo armado. Estava chique e simples! É sempre a melhor opção! ( isto é um bom conselho... para quem adora pecar por excesso... é um erro!)

Trocaram votos eternos e a frase: “na saúde e na doença “(…) até que a morte os separe” eu sei que foi interiorizada e profunda, quase que expirado aquele“ sim” dos dois!

Alianças trocadas e o beijo final … faltou só a parte cómica da Raquel no final da cerimónia em que prometia ser sopeira e submissa perante o seu “Mustafá “ a vida toda. Vontade não lhe deve ter faltado.

Mas era capaz de arrecadar uma risada estridente do pessoal da nossa geração, e claro um sentido bater de palmas de todas os velhotes com mais de 70 anos.
Não o fez por isso suponho…
A frase andou durante meses no MSN… “ falta dois meses e 20 dias para ser sopeira e submissa”! ( cada dia era uma contagem decrescente)

A frase lembra a mulhersinha que casa que se apaga para o mundo, porque a sua “ missão está cumprida”, perante a sociedade já tem um estatuto… a de casada! E sim… “ já tem homem” e o papel “ da mulher virtuosa” acenta-lhe que nem uma luva.
A mulher virtuosa, a fada do lar, e o " sim senhor" meu amo...tu mandas eu cumpro, tu dizes eu faço...é a antítese da Raquel. E eu ponho as minhas mãos ao céu…

O tema do casamento foi as “Mil e uma Noites” e achei maravilhoso, puxava ao imaginário, à sensualidade a histórias arabescas. Vai bem de encontro ao meu gosto. A música estava escolhida a rigor, que parecia fundir-se no ambiente. Almofadas, pufes, lanternas, candeiros, véu, velinhas.. e cor muita cor.

Não é que eu tenha nada com casamentos do estilo “ apita o comboio, mas ali provou-se que é possível fazer-se um casamento divertido sem que andem todos a voltinha do comboio, pimbalhada e afins já com uma alegria bem devida ao tintol, ou à hiperactividade devida ao excesso de açúcar no sangue à pala das bombas calóricas típicas do casamento.

Ali não... o ambiente sorria, a cor saltava aos olhos, as cores da natureza eram uma moldura perfeita para o cenário que se estava a viver! A música estava sincronizada com isso tudo, fundia-se perfeitamente e um cheiro a chá de hortelã pairava no ar. perfeito!

Estava tudo perfeito... perfeito... peeeerfeito....até que me calhou o bouquet!

3 comentários:

Bottled (em português, Botelho) disse...

Cara vizinha,

Ena, ena, ena... faço votos que seja um dia muito feliz e, caso opte pelo vinho em vez do chá de hortelã-pimenta, se sobrar algum já sabe que a malta gosta sempre de comemorar as desgraças dos outros... Estava a brincar, será com todo o gosto que lhe erguerei, mais ao seu futuro marido, uma taça virtual a desejar as maiores felicidades e planos de rápida expansão familiar.

Que, espero que o acredite porque agora não estou a brincar, serão felicitações sinceras!

Hic Hic Hurra

Rabodesaia disse...

Caro vizinho,

estou tentada a publicar a foto do momento!

Ticha disse...

Mery, devo concluir que tiraste o modelo?! A ver se no teu casório me calha o bouquet...hehe